Classificada como monumento histórico em 1914, a Capela Expiatória (la Chapelle Expiatoire) foi construída para enterrar os corpos do rei Louis XVI e da rainha Marie-Antoniette, guilhotinados na Revolução Francesa.
O local foi um antigo cemitério da cidade. Antes e durante a Revolução, mais de três mil pessoas de todas as classes sociais na sociedade francesa foram enterradas lá.
Em 1793, sem nenhuma cerimônia, o corpo do rei Luís XVI foi colocado num poço após a sua execução. Poucos meses depois o corpo de sua esposa, Marie-Antoinette, foi tratado da mesma maneira.
Durante a restauração da monarquia em 1814, Louis XVIII começou a procurar os restos de seu irmão, Louis XVI.
Pierre Descloceaux, monárquico, tomou nota de onde os corpos foram enterrados, comprou o jardim e protegeu o local com muros em volta. Os corpos foram exumados e levados para a Basílica de St. Denis, local do sepultamento tradicional dos reis de França.
Louis XVIII constrói uma capela no antigo cemitério, em perdão, expiação, aos crimes da Revolução, e em memória de seu irmão e da rainha. Os corpos são levados à capela, em 1826.
Em volta da capela vários tipos de árvores foram plantadas no jardim em memórias das pessoas que morreram durante a Revolução.
No interior da capela, o altar da cripta marca o local exato do enterro de Luís XVI.
O ambiente é sereno e melancólico. Em forma de uma cruz grega encimado por uma cúpula sustentada por quatro mastros, com duas esculturas lê-se:
“Louis XVI, apoiado por um anjo apontando para o céu.”
“Marie-Antoinette apoiada pela religião.”
A Capela Expiatória é um dos inúmeros cantos de Paris que protege a história, arte e arquitetura e onde encontramos a calma entre as imediações da cidade.
O evento tradicional, na capela é a missa anual para o repouso de Louis XVI e Marie-Antoinette.